quarta-feira, 30 de novembro de 2011

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Limpantes



Grupo de Clowns do Ribeirão Em Cena

Semana de Antropologia Teatral


Realização: Ribeirão Em Cena e SESC Ribeirão Preto
Apoio: SEB COC

A ver estrelas

A ver estrelas - de João Falcão
Direção: Gracyela Gitirana e Gabriel Oliveira



fotos: Rony Morbi

Eles Estavam Lá...

 Eles Estavam lá... adaptação do texto Sorôco, sua mãe e sua filha de Guimarães Rosa
Direção: Ranato Ferreira



fotos: Rony Morbi

Hoje é Dia de Rock - Zé Vicente


 Reestréia de Hoje é Dia de Rock - José Vicente
Direção: Julio Avanci

Hoje é Dia de Rock

fotos: Rony Morbi

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

ODIN TEATRET DIVULGA SEMANA DE ANTROPOLOGIA TEATRAL




REALIZAÇÃO:

APOIO:    
   

MOSTRA PRIMEIRA CENAS


Em 2011 a Associação Ribeirão Em Cena se tornou Ponto de Cultura, e ofereceu Oficinas Culturais nas áreas tecnicas do teatro, entre elas a Oficina de Dramaturgia. Do resultado da Oficina, surgiram 10 texto teatrais, estes texto foram disponibilizados aos alunos da Ribeirão Em Cena, para que eles pudessem atuar e dirigir pela primeira vez, como parte da experimentação do Curso de Iniciação Teatral. Esta experimentação resultará na Mostra Primeiras Cenas.






Mostra Primeiras Cenas, acontece dia 29/10 ás 17h no Teatro Ribeirão Em Cena


Entrada: 1kg de alimento não perecível.

"Eles estavam lá..."


"Eles estavam lá..."


O espetáculo é uma adaptação do conto de Guimarães Rosa, "Sorôco, sua Mãe, sua Filha", dirigida por Renato Ferreira. Conta a história de Sorôco, personagem que precisa se separar das duas pessoas que mais ama: sua mãe e sua filha. A solidão e a dor de Sorôco são acompanhadas e relatadas por personagens que presenciaram os acontecimentos e manifestam seus sentimentos de solidariedade. O destino destes tomaram rumos semelhantes.



"Eles estavem lá...", acontece dia 22/10 e 23/10 duas sessões 20h e 21h no Teatro Ribeirão Em Cena

Ingresso: R$20,00 inteira e R$10,00 meia - 20 lugares por sessão

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

FAST TEATRO ABORDA TEMAS SOCIAIS EM SARAU NO TEATRO DA RIBCENA



“Tramas Urbanas”. O consumismo do mundo moderno, o ar irrespirável, a violência, os latifúndios, o caos nas grandes cidades, a sociedade dividida em classes, a mais-valia, o trabalho escravo, a exploração da mão de obra infantil entre outras situações, formam um conjunto de temas propostos aos bolsistas do programa Ribeirão Em Cena para criação de cenas rápidas que compõem o sarau “Tramas Urbanas”.

Ao todo serão apresentadas sete cenas, com duração máxima de dez minutos por um elenco formado por oitenta bolsistas que estudam artes cênicas no projeto Ribeirão Em Cena. Entre as cenas apresentadas o público participa de debates com o elenco, podendo inclusive fazer sugestões para modificar as cenas.

Com este evento a Ribeirão Em Cena resgata uma prática de teatro engajado, muito comum nas décadas de 60/70, que acontecia no Teatro de Arena de São Paulo, no TUCA (Teatro da Universidade Católica) e no Teatro Sedes Sapientiae, três locais de resistência intelectual e universitária à ditadura militar.

Criada há dez anos pelo jornalista Gilson Filho a ONG Ribeirão em Cena é uma entidade de difusão cultural e inclusão educacional, que constitui um verdadeiro centro de ação teatral onde se cruzam áreas e componentes diversos da vida do teatro: a formação de atores, a produção e difusão de espetáculos universitários, experimentais e alternativos.

Nestes 10 anos de existência a Ribeirão Em Cena proporcionou a inclusão sócio- cultural a mais de três mil alunos bolsistas e produziu ou apresentou perto de 200 espetáculos de teatro, música e dança. O curso através do teatro visa retirar jovens e adultos da ociosidade intelectual, das ruas, da violência, promover a cidadania, o senso crítico e despertar a criatividade para a paz.

“Tramas Urbanas” acontece neste sábado (3) a partir das 19hs, no Teatro Ribcena, Rua Lafaiete 1084 Centro. Fone 016 36107770

sábado, 13 de agosto de 2011

NIT se apresenta no Sesc Ribeirão

O núcleo de Investigação Teatral, NIT, apresentou seu "Processo de Criação" no teatro do Sesc Ribeirão Preto na noite de sexta-feira, 12 de agosto.
Através de exercícios de vivências dos elementos Fogo, Terra, Água, Ar, Luz e Sagrado, os integrantes do grupo mostraram aos espectadores os primeiros passos do processo de amadurecimento das tragédias de Sófocles: "Édipo Rei", "Édipo em Colono" e "Antígone".
Os atores do núcleo, após quase quatro anos de trabalhos corporais exaustivos, adicionaram textos a suas perfórmances, o que caracterizou o resultado como uma tragédia grega.
Após a apresentação do núcleo, a plateia foi convidada a conversar, dando suas impressões ao grupo, inclusive como forma de estudo do próprio NIT.
O professor e coordenador do grupo, José Maurício Cagno, foi quem disse que, de acordo com os textos escolhidos pelos atores e pelas atrizes, mais o estilo e os sentimentos que se passavam durante a prática dos exercícios, o caráter trágico foi se desenrolando e tomando a forma atual.
O NIT, tanto na mesma noite, quanto no dia seguinte, ministrava uma oficina de vivência dos elementos, oferecendo ao público a oportunidade de conhecer o método laboral artístico do grupo. As atividades aconteciam no próprio Sesc.
Da plateia, comentou-se sobre a maneira singular de se expressarem os sentimentos mais primitivos da humanidade, além da temática em relação à culpa, à busca implacável pelo conhecimento e pela verdade e seus desdobramentos, como contam as tragédias. Então, uma vez mais, o público pôde se sensibilizar com a universalidade dos temas já retratados durante a Antiguidade Clássica.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Colegiado Setorial de Teatro pede esclarecimentos a FUNARTE

Segue, na íntegra, publicação de documento da página "Mercado Cênico". Original disponível em: http://www.mercadocenico.com/2011/08/carta-do-colegiado-nacional-de-teatro.html

Brasil, 01 de agosto de 2011

Ilmo. Sr. Antonio Grassi
Presidente da FUNARTE


Nós, membros representantes da sociedade civil no Colegiado Setorial de Teatro, eleitos por delegados de todos os Estados da Federação durante a Pré-Conferência Setorial e aprovados por unanimidade pela II Conferência Nacional de Cultura, recebemos com grande satisfação a notícia do lançamento de novos programas de fomento às artes brasileiras somando o montante de R$ 100 milhões de reais investidos, publicamente anunciados por V.Sa. no dia 18 de julho do ano corrente. Após o duro golpe do contingenciamento de 2/3 do orçamento do Ministério da Cultura em 2011, este fato realmente deveria nos renovar as esperanças e o fôlego para trabalhar em conjunto com a nova gestão que se inicia. Muito surpresos, porém, ficamos ao constatar que dos 100 milhões anunciados, 48 milhões eram parte do orçamento do ano passado, recursos de editais dos Fundos ProCultura já lançados pela gestão anterior e que V.Sa. divulgava publicamente como parte dos “novos” investimentos do MinC. Portanto, como representantes da sociedade civil brasileira, não podemos nos calar frente a essa inverdade e, mais ainda, solicitamos a V.Sa. uma retratação pública, uma vez que este tipo de informação ilude a população e cria uma falsa sensação de que o orçamento da Cultura continua em pleno crescimento.
Solicitamos também, conforme nossas competências atribuídas pelo Regimento Interno do Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC em seu Artigo 9º, Incisos I, II, III, IV, V, VI, VII, VIII, IX, X, XI, XII e demais assemelhados e de acordo com o Regimento Interno do Colegiado Setorial de Teatro do CNPC, em seu Artigo 3º, Incisos I,VII, X, XI e demais assemelhados, esclarecimentos acerca das contratações abaixo relacionadas, considerando:
 1 – Os elevados montantes de recursos empregados nas contratações justificadas pelo expediente da inexigibilidade, para atender uma agenda centralizada em apenas uma cidade, considerando a grande demanda nacional;
 2 – O tratamento diferenciado para com um único Estado Brasileiro, cujas empresas produtoras vêm sendo beneficiadas com contratações diretas pela FUNARTE, pelo expediente da inexigibilidade de concorrência e licitação, num momento em que o próprio Ministério da Cultura reconhece publicamente a inexistência de recursos para a reedição e/ou manutenção de alguns editais já estabelecidos nas mais diversas áreas de atuação da FUNARTE.

A-     Contratação da ARTEDARTE PRODUCOES LTDA para produção executiva da apresentação do espetáculo para realização do evento "Leitura Dramática em Homenagem a Dulcina de Moraes", no âmbito da programação de reabertura do Teatro Dulcina, no Rio de Janeiro, em 02 de agosto de 2011, no valor de R$ 40.000,00;

B-      Contratação da ARTEDARTE PRODUCOES LTDA em 28 de julho de 2011, para produção executiva da apresentação do espetáculo "Bibi in Concert IV - 70 Anos de Histórias e Canções", no âmbito da programação de reabertura do teatro Dulcina, na cidade do Rio de Janeiro no valor: R$ 320.000,00;

C-      Contratação da REALEJO PRODUCOES CULTURAIS LTDA para realização da pré-produção de dez apresentações do THÉÂTRE DU SOLEIL, referentes ao espetáculo "Les Naufragés DuFol Espoir", na cidade do Rio de Janeiro, no valor total de R$ 500.000,00;

D-      Contratação de serviço do artista e designer Ronaldo Moreira Fraga, exposição São Francisco - Um Rio Brasileiro, a realizar-se no período de 25 de outubro a 05 de dezembro do corrente ano, na Galeria Funarte - Prédio Palácio Gustavo Capanema na cidade do Rio de Janeiro no valor de R$ 800.000,00;

Soma-se ao exorbitante valor contratado acima, o fato de que a referida exposição não apresenta ineditismo, já tendo sido apresentada em outras capitais brasileiras, sendo o recurso investido em uma remontagem na cidade do Rio de Janeiro, no interior das dependências da própria FUNARTE e que o mesmo projeto, inscrito sob o PRONAC 08 9325, possui valor já captado de R$ 1.200.000,00 via lei Rouanet conforme o sistema SalicWeb do MinC.

E-      Contratação da ZADIG PROMOÇÕES DE EVENTOS CULTURAIS LTDA. em 20 de julho de 2011, para pré-produção de 3 apresentações  do espetáculo "Uma Flauta Mágica" no Rio de Janeiro, no valor de R$ 200.000,00.

Ao que se refere o item acima, vale acrescentar que além da quantia empenhada ser completamente desproporcional aos preços praticados no mercado para o financiamento tão somente da etapa de pré-produção de três apresentações em uma única cidade brasileira, que o mesmo proponente obteve autorização do MinC para captar recursos via renúncia fiscal, conforme informações abaixo:

11 4489 - Uma Flauta Mágica, Peter Brook / Mozart
Zadig Promoções de Eventos Culturais Ltda
CNPJ/CPF: 08.940.880/0001-98
Valor do Apoio R$: 517.060,00
Prazo de Captação: 28/07/2011 a 30/11/2011
Resumo do Projeto:
Apresentar uma adaptação livre da ópera A Flauta Mágica de W.A. Mozart por Peter Brook, um dos mais reverenciados diretores de teatro da atualidade, no Rio de Janeiro. Serão 3 apresentações.

F-      Contratação em caráter inexigibilidade de licitação da CASA DA GAVEA em 11 de julho de 2011, para produção executiva de quatro apresentações do espetáculo teatral “Sonho de uma noite de São João”, no valor de R$ 135.000,00.

Considerando o fato de que as contratações feitas pela FUNARTE apresentam o embasamento legal no caput do artigo 25* da Lei Nº 8.666/1993 diz que a licitação “é inexigível quando há inviabilidade de competição”. No entanto, no caso da contratação artística da empresa CASA DA GÁVEA, acima mencionada, isto não ocorre, pois o objeto da contratação não é de apresentação de obra artística renomada, já criada e produzida, sendo contratada a sua apresentação. O objeto da contratação refere-se à produção executiva de 04(quatro) apresentações do espetáculo "Sonho de Uma Noite de São João". Ora, deveria ser explicitado se há algum vínculo de exclusividade da liberação de direito autoral da obra com a empresa contratada e se esta obra, apenas ela, atende a necessidade específica da contratação, pois de outro modo, poderia ser outro espetáculo alusivo à noite de São João, ou outro tema. Caso a contratação estivesse condicionada à prévia definição do texto, o mesmo poderia ser encenado por qualquer outra companhia ou grupo teatral do Brasil. E se a contratação não estiver subordinada à definição prévia do texto, a inexigibilidade evocada mostra-se ainda mais incoerente, pois a seleção deveria ter sido feita por meio de edital específico.

Somamos ainda a esse questionamento o fato de que o mesmo proponente possui autorização do MinC para captar recursos via renúncia fiscal, conforme informações abaixo:
                                                                                                                                                   
11 2741 - Espetáculo Sonho de uma Noite de São João
Casa da Gávea
CNPJ/CPF: 68.599.596/0001-21
Processo: 01400.007139/20-11
RJ - Rio de Janeiro
Valor do Apoio R$: 552.730,00
Prazo de Captação: 30/05/2011 a 31/12/2011
Resumo do Projeto: Remontagem do espetáculo “Sonho de uma Noite de São João”, texto de Anderson Cunha, livremente inspirado na obra de Sonho de uma Noite de Verão de Shakespeare, direção de Paulo Betti e Anderson Cunha e grande elenco para ser realizado na Praça Santos Dumont, Gávea, Rio de Janeiro, seguindo pelas cidades de Sorocaba e Ribeirão Preto. Serão realizadas no total 08 apresentações, quatro na cidade do Rio de Janeiro, duas na cidade de Sorocaba e 02 na cidade de Ribeirão Preto.

Certos de que V.Sa. se empenhará com a maior rapidez possível para apresentarmos as justificativas cabíveis para os referidos empenhos de recursos diretos do orçamento da Cultura de nosso país, finalizamos nossa manifestação destacando ainda nossa total consternação com o somatório dos valores contratados, acima discriminados, que perfazem o montante de R$ 1.995.000,00 investidos em programações exclusivas para uma única cidade brasileira: o Rio de Janeiro.

Com nossas saudações democráticas,


Atenciosamente,


Colegiado Setorial de Teatro do Conselho Nacional de Política Cultural do MinC


ANTÔNIO DELGADO FILHO (GO)
CARLOS HENRIQUE LISBOA FONTES (RN)
CLAUDIA SCHULZ (RS)
CLEBER RODRIGO BRAGA DE OLIVEIRA (PR)
CRISTIANO PENA (MG)
DEMETRIO NICOLAU (RJ)
ELCIAS VILLAR CARVALHO (RO)
ELIZANDRA ROCHA ARAÚJO (MA)
FÁTIMA SOBRINHO (BA)
FERNANDO OLIVEIRA CRUZ (MS)
GUILHERME ALVES CARVALHO (DF)
JANDEIVID MOURA (MT)
JOAQUIM RODRIGUES DA COSTA (PR)
LENINE BARBOSA DE ALENCAR (AC)
LEONARDO LESSA (MG)
LEONE SILVA (SC)
MÁRCIO SERGINO (RR)
MARCIO SILVEIRA DOS SANTOS (RS)
MARIA NEVES GARCIA (DF)
PAULO RICARDO SILVA DO NASCIMENTO (PA)
PEDRO VILELA (PE)
RAIMUNDO NONATO TAVARES RAMOS (AM)
RICHARD RIGUETTI (RJ)
ROSA RASUCK (ES)
THIAGO REIS VASCONCELOS (SP)
VALÉRIA DE OLIVEIRA (SC)
VANÉSSIA GOMES DOS SANTOS (CE)
VIRGÍNIA LÚCIA DA FONSECA MENEZES (SE)
VITOR HUGO SAMUDIO DELASIERRA BRITEZ (MS)
WLADILENE DE SOUSA LIMA (PA)


* Fragmento da Lei da Lei Nº 8.666/1993 – LICITAÇÕES
Art. 25.  É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Ribeirão em Cena homenageia Antonio Cassoni


Após apresentação do espetáculo “Mulheres Vermelhas” na noite de quinta-feira (28-jul), o professor e jornalista Antonio Cassoni, foi homenageado com uma placa pelo apoio à ONG.

Além deste presente, um cravo vermelho – símbolo da resistência no presídio do DEOPS – também foi entregue ao convidado especial, que ouviu do ator Júlio Avanci: “Uma das principais pessoas que fazem a peça acontecer é o contrarregra, então, em nome do Ribeirão em Cena, gostaríamos de presentear essa grande figura”. Cassoni gosta de ser visto asism.

Com atuação marcante e presença discreta, quase imperceptível, é desta maneira que o professor e jornalista trabalha. O próprio diretor do espetáculo, Gilson Filho, já tinha avisado sobre a homenagem, alertando o elenco: “Ele (Cassoni) odeia esse tipo de coisa, mas nós vamos fazer mesmo assim!”, completou, lembrando que as atrizes, cujas personagens eram áurea Moretti e Maria Aparecida dos Santos (Cidinha) entregariam o cravo e a placa.

Fotógrafos da imprensa local registraram o momento de homenagem e a emoção do professor, que agradeceu ao elenco e o diretor Gilson Filho.

Em um momento particular de emoção, pois tratava-se de ex-presos políticos nos tempo de ditadura militar, Cassoni disse que “a inteligência e importância estavam presentes no palco”, agradecendo e prestando tributo ao trabalho dos artistas, quando falava sobre o valor e o peso da luta pela democracia no Brasil.

Depois de terminadas apresentação e homenagem, amigos continuaram no teatro Ribcena por alguns minutos, para abraçar e confraternizar os sentimentos com o convidado de honra.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Alunos do Primeiro Ano Apresentam Trabalhos Finais



Nesta quarta-feira, 29 de junho, os primeiro-anistas da ONG Ribierão em Cena se apresentaram no teatro da sede.
As turmas da manhã, tarde e noite do primeiro do ano do curso de Iniciação em Artes Cênicas mostraram seus trabalhos finais nas aulas de Interpretação, Expressão Corporal e Improvisação durante seus períodos de aula. As apresentações, além de marcar o fim do semestre, foram abertas a alunos de outros períodos e anos do curso.
Os professores Renato Ferreira Pinto e Gracyela Gitirana, das disciplinas de expressão corporal e improvisação, respectivamente, mostraram-se satisfeitos com o trabalho resultante do semestre, isto é, com o objeto da principal avaliação da primeira parte do curso.
Durante apresentação da turma da manhã, Julio Avanci, professor de Interpretação, disse ter ficado feliz e que sua expectativa tinha sido superada: "Pensei que não teríamos apresentações, que o trabalho final não seria apresentado, que não teríamos cena".
Os alunos também aparentavam feições de dever cumprido e certa vaidade pela conclusão dos aprendizados durante o curso.
As apresentações marcam o final do semestre, restando para a semana seguinte, do dia 4 a 6 de julho, a avaliação que fechará as notas e decidirá o rumo dos alunos para o segundo semestre de 2011.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Valeu a Pena?

Por Hermes Ribeiro

Hoje o Ribierão em Cena recebeu visita de um homem que viajava pela cidade.
Seu Ari e a esposa quiseram saber sobre os trabalhos da ONG e matar a curiosidade do que acontecia no espaço.
Então ele revelou, ao saber das apresentações de “Mulheres Vermelhas”, que teria sido eletrocutado por 3 dias consecutivos no DOI-CODI, em São Paulo. Era informante, “pombo-correio”.
Disse que, quando ouve alguém dizer, hoje em dia, sobre manifestações, movimentos, etc. costuma discordar: “Você não sabe o que está falando!”.
De fato, a idade dele já se mostrava muito influente no seu estilo de viver: muito falante, não economizava palavras nem cortejos (“bom dia”, “é um prazer conhecê-lo” e outras formalidades do tipo). Usou trocadilhos como, por exemplo, este que deve ser transcrito: Eu me lembro que aqui (No Ribcena) tinha um quadro do Che (Guevara). É impossível chegar nessa idade que eu estou sem se apaixonar por uma frase que ele disse: “Hay que endurecer”!
O homem se referia, muito mais, ao apelo do macho para com sua genitália, ao invés do revolucionário com sua realidade. O que, então, consagrou-o como gozador autor de trocadilhos sexuais baratos. E, como se podia esperar, ainda emendou alguns comentários sobre medicamentos contra impotência sexual.
Porém, distante da brincadeira com a realidade, ele retomou um questionamento que me deixou triste, pessimista inclusive.
Lembrando-se do sangue derramado pelos estudantes, operários e todos que protestavam contra as ditaduras, aquele senhor compartilhou uma dúvida sobre a luta: “Valeu a pena?”
Isto é, a democracia, instaurada após tanto tempo de censura e repressão, como está hoje, serve aos ideais políticos dos jovens sonhadores há trinta, quarenta anos?
Muito indica que não; que barbaridades cometidas por parlamentares, executivos e judiciários do alto escalão são índices de desamparo do povo brasileiro.
A própria localização de Brasília e o espaço onde fica o Parlamento já não favorecem a comunicação entre capital administrativa e o povo, que é, digamos, administrado. Conhecida a mentalidade que alguns têm quanto a ficar sem punição pelos crimes que cometem, principalmente de corrupção, lavagem de dinheiro e uso indevido de bem público, de onde vêm esperanças para se acreditar em um futuro feliz, ou, melhor, na felicidade que se terá no futuro?
Se mesmo instituições sagradas, como, por exemplo, a família, perdem espaço para a grande mídia, que por sua vez, reproduz entretenimento barato e vazio, sortido de propagandas governistas financiadas com dinheiro público, cria-se, aí um ciclo muito interessante aos detentores do poder.
Neste momento, sentimo-nos marginais.
Porém, nossa arte valoriza o contrário ao conformismo: provocamos nossos espectadores a se incomodarem, questionarem valores, desgostarem do que lhes é apresentado principalmente.
O repúdio ao nosso trabalho é muito bem vindo, pois sabemos que trata-se de um recorte desagradável da realidade, cujos esforços governistas a fim de ocultá-lo são caros e belos como telenovelas globais e propagandas de “nossa” petrolífera “estatal”.

domingo, 19 de junho de 2011

OPINIÃO: Os Limpantes: Do Hades ao Olimpo

Por Hermes Ribeiro
Então que, pelo aniversário da cidade, a ONG Ribeirão em Cena dava seu presente pelos 155 anos: uma apresentação do número “Os Limpantes” no Paqrue Maurílio Biagi.
Para os entendidos, tratava-se de Clowns; para os novatos, palhaços praticamente mudos e devidamente caracterizados. Todos de uniforme de limpeza, alguns munidos de vassoura, outro com balde e, outro com banquinho, um com telefone (!) e todos com seus trejeitos caricatos.
Ainda pela manhã, simultaneamente ao espetáculo, havia um passeio ciclístico, que tinha, além de muitas pessoas a pedalar, um trenzinho com apresentador e caixa de som. O apresentador anunciava um sorteio.
Um sorteio e inúmeros prêmios.
Aros de alumínio, rodas e pneus de bicicletas, dentre outros itens da prática desportiva daqueles camaradas.
A atenção era toda pra ele.
E a desatenção toda por conta de uma das organizadoras do evento, uma senhora, que
não disponibilzou nenhuma cadeira - tendo proibido, inclusive, o uso tanto da de cima, quanto da de baixo, que se empilhavam, vazias na guarita da Guarda Municipal - para a diretora do elenco,grávida já em seu sexto mês.
A persuasão dos recursos de alto falantes potentes, premiação com brindes, carro de som, fazia com que apenas um curioso ou outro atentassem à presença da tropa da limpeza.
Mas, mesmo em condições adversas, discípulos de Dionísio sabem conduzir bem seu veículo muito bem. Principalmente quando estão em grupo.
Foi, então, deste ponto em diante que a história valeu a pena para a ONG: os palhaços interagiram com o público, conquistando primeiro sua atenção e, depois o carisma, que se percebeu nos sorrisos, nas risadas, nas fotos - de longe, ou mesmo posadas junto ao elenco - nos abraços das crianças mais novas e, inclusive no choro de um menino mais assustado.
No final da manhã, o Sol brilhava forte, como de costume desta terra. Anunciava a chegada da tarde, meio-dia, hora de almoçar. Hora de se comer o pão de cada dia, de se energizar até à noite. Porque, com a chegada das luzes primeira lua cheia do inverno, abria-se o portal mágico para estes mesmos limpantes.
Era, esse lugar encantado, o Teatro de Arena Jaime Zeiger. Lá, público e pessoal da organização recebia com braços abertos e entusiasmo o trabalho do Ribierão em Cena.
Desta vez, Gracyela Gitirana, que dirige o elenco, não só esteve bem acomodada, como também contou com suporte técnico eficaz de última hora, enquanto seus dispositivos de áudio repetiam-se em falhar.
Nessa cidade, gregos e troianos se revezam em eventos culturais. “Não se pode agradar a todos”, mas, em uma época que se vive o “Dai a César o que é de César...” os deuses do teatro abençoam e agradecem iniciativas como a do Movimento Pró-Arena.

sábado, 18 de junho de 2011

Ribeirão em Cena apresenta "Pai" no Fórum Social

Neste sábado de 18 de junho, durante o Fórum Social de Ribeirão Preto a ONG Ribeirão em Cena apresentou a peça “Pai” no Estúdio Kaiser de Cinema, em Ribeirão Preto, às 18:30 horas.
A versão apresentada foi resumida devido aos recursos técnicos disponíveis no local.
Do elenco, ficaram em cena apenas as atrizes Neuza Maria e Mariana Cazula.
E, apesar de ter surpeendido os espectadores com a temática de sequestro político, ideais, tanto da juventude “que sempre se acha moderna” e dos costumes das pessoas mais ortodoxas, a peça arrancou muitos aplausos de todos que estavam ali presentes.
Viam-se crianças, adultos e idosos, incluídos participantes de outras mesas, parentes de diferentes famílias, espectadores de outras atrações, mas, de um mesmo fórum de sociedade ribeirãopretana.
Então, quando o silêncio prevaleceu novamente sobre os aplausos, nossos artistas voltaram à realidade cotidiana, respiraram e já ouviam os comentários do diretor, Rafael Felix, que instruía seu elenco a fim de otimizar o trabalho para a próxima encenação.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Ribeirão em Cena move ação contra Pantanal Linhas Aéreas

Com segundo voo cancelado, palestrante desiste de vir à cidade

A manhã de sexta-feira, 10 de junho, foi especialmente fria para a ONG Ribeirão em Cena. Além das baixas temperaturas, ocasionadas pela massa de ar polar e pelas chuvas que caíram nas regiões Sul e Sudeste, o próprio espaço Ribcena ficou com ares do mau tempo ali instaurado.
Tratava-seda ausência do convidado principal da noite, autor do livro “Teatro de Arena uma estética de resistência”, Izaias Almada. Como motivo, a segunda vez que o voo Guarulhos – Ribeirão Preto deixava de sair no horário marcado.
Responsável por bancar a despesa de viagem de seu convidado, a ONG Ribeirão em Cena agora estuda abrir um processo contra a Pantanal Linhas aéreas, que vendeu as passagens. O prejuízo afetou não só os bolsos, mas, também, a reputação da entidade – que, pela segunda vez, cancelou o mesmo evento com o escritor.
A empresa prestadora do serviço, não contente em reembolsar apenas 30% do valor dos bilhetes, ameaçou não reiterar qualquer quantia, alegando que o nome do palestrante constava em uma lista de quem faria o mesmo trajeto, mas numa van disponibilizada pela Pantanal, em alternativa ao avião que não decolou.
Izaias se apresentaria 9 de junho, quinta-feira às 20:30 e sua palestra teria relatos da época em que conviveu com figuras centrais do Teatro de Arena, tais como Oduvaldo Vianna Filho, Gianfrancesco Guarnieri, Augusto Boal, dentre outros nomes de peso da cultura de resistência em São Paulo.
O evento noturno do dia 9 viria em compensação à ausência dele na semana anterior, mais precisamente dia 3 de junho, quando a convite de Gilson Filho, o escritor viria prestigiar a estreia da peça “Pai”, de sua autoria, em Ribeirão Preto, o que só não aconteceu devido ao adiamento de 11 horas do voo que sairia de Guarulhos, com saída marcada para as 9:00.
Não querendo esperar no aeroporto até às oito da noite daquela data, Izaias aceitou um acordo de palestrar na semana seguinte e assistir a duas apresentações de peças: “Pai” e “Mulheres Vermelhas” sexta-feira e sábado, dias 10 e 11 de junho respectivamente.
Então, na quinta-feira, 9 de junho, outro atraso no voo das 17:00 frustra novamente o escritor e, também mais de 50 pessoas, as quais já o esperavam no saguão do Ribcena, mesmo depois dos esforços desempenhados pelo pessoal da comunicação da ONG em telefonar, tuitar e mandar e-mails a menos de duas horas do horário de início da palestra, avisando sobre o cancelamento na programação.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

"Mulheres Vermelhas, algo que perdi em mim"

Por Carlos Biaosli


Noite de sábado, eu cidadão comum, eleitor, consumidor, contribuinte… Feliz da vida com as prestações que tenho que pagar e com o sorriso da moça do comercial de shampoo que me desperta uma juventude fugaz. Esse sonho de país de classe média que compramos em papel celofane da mediocridade.
Mas ao bem da verdade, o país tem uma história a limpo a passar e a peça Mulheres Vermelhas -qual assisti essa noite- que em síntese trata da luta e da tortura que passaram mulheres contrárias aos regimes de exceção, ajuda-nos a entender nossos anos obscuros de ditadura militar onde familiares não tiveram nem o direito sagrado de enterrar seus filhos assassinados e torturados. E nossa vizinha Argentina nos dando exemplo, quem diria.
Por aqui, nem uma coisa nem outra, nem a condenação de torturadores nefastos, nem o mínimo de podermos saber ao menos  a verdade, o que realmente aconteceu a esse país? Inércia tétrica.
Já assisti diversos trabalhos do diretor Gilson Filho, conheço sua linha de conduta e de interpretação e também o fio que lhe move às inquietações, porém difícil é não se surpreender, não corro risco em afirmar que Mulheres Vermelhas é seu ápice. Montagem qual o diretor moldou tudo que lhe cabia com a a experiência de décadas dedicadas ao teatro formando uma miscelânea que me fez reviver o bom teatro, dos melhores que pude presenciar. Brigaghão, assim chamado carinhosamente pelos amigos, não teve medo de trabalhar a interação multimídia, também colocou um texto denso num cenário experimental. Tão pouco economizou talento na luz e na maneira que tratou musicalmente o cerne em cena, tudo com muito encaixe à excelência da interpretação de um elenco de mais de duas dezenas de atores em cena. Um trabalho demais profícuo e árduo, creio. A voz (o maior defeito do teatro atual) desse elenco grandioso sempre esteve uniforme de forma primorosa. Os atores e, sobretudo, as atrizes estiveram magnânimos numa altivez e presença de cena muito raro de se encontrar.
Todavia, o encontro com esse teatro choca e a catarse que sucede em mim é genitora desse sentimento do qual ainda não consegui resolver. Compreendo que algo não só na nossa História ficou mal resolvido, mas em mim também.
Depois dessa experiência humana sinto que algo perdi e que não sei como encontrar. Porque esse trabalho em cena claudica cá em mim, fragilizando eu cidadão comum, eleitor, consumidor, contribuinte… E o sorriso da moça do Shampoo não me é mais suficiente. Mulheres Vermelhas é uma experiência de vida única que não esquecerei jamais.



Texto original em: http://blogdobiasoli.wordpress.com/2011/06/09/mulheres-vermelhas-algo-que-perdi-em-mim/

segunda-feira, 6 de junho de 2011

NIT se despede da Feira do Livro após ‘maratona’ de apresentações e workshop

José Maurício Cagno e Gracyela Gitirana contam orgiem do teatro
Ao todo, 16 apresentações, 12 horas em palco e aproximadamente 1300 pessoas envolvidas marcaram a atuação durante o trabalho do Núcleo de Investigação Teatral, o NIT, da ONG Ribeirão em Cena na XI Feira do Livro de Ribeirão Preto nesta última semana – 26 de maio a 06 de junho.
“Foi um aprendizado”, disse Gracyela Gitirana, atriz do grupo, sobre a impressão das múltiplas apresentações ao público da feira.
A atriz considerou o evento “muito bom”, em especial a troca de sentimentos entre palco e plateia destacando: “teve até a senhorinha que vendia balas, que foi nos assistir todos os dias”. Gracyela destacou que a nova admiradora do trabalho cênico foi muito receptiva com o grupo “no final de cada apresentação ela vinha nos abraçar e dar parabéns!”.
A média de público variava entre 60 e 80 pessoas, mas, como a própria atriz disse, chegou à marca de 120 pessoas, o que ocorria quando escolas tinham agendado lugar e horário para seus alunos.


Oficina

O Workshop “Do resgate da natureza do humano até a criação da cena” contou com 40 pessoas que participaram das práticas no NIT. A grande maioria, bolsistas da ONG.
A oficina começou às 10 horas do último sábado (4 de junho) nos estúdios Kaiser de Cinema. Durante a tarde, o lugar foi mudado para o espaço cênico Deborah Duboc, para que fosse dada continuidade nos trabalhos de vivência corporal dos elementos de forma mais livre e concentrada.
Esses elementos são os já conhecidos terra, fogo, água e ar, além da luz e do sagrado, somando, então 6 diferentes temas, cujas características foram exploradas com movimentos e vocalizações distintas.
Segundo a opinião dos próprios membros do núcleo, a própria observação de todas aquelas pessoas, passando pelos mesmos processos de criação e vivência do grupo, trouxe muita vida ao NIT e, ao final da tarde do sábado, 4 de junho, era nítida a satisfação dos participantes: os oficineiros não queriam ir embora, demorando-se a desfazer a roda, onde todos se abraçavam e colocavam suas considerações finais sobre dia como “investigador teatral”.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Izaias Almada Adia Vinda a Ribeirão E Anuncia Palestra

Izaias Almada, autor do texto de “Pai”, cancelou sua presença na apresentação do espetáculo das 21hrs desta sexta-feira.
Devido a uma pane no motor da aeronave em que tinha embarcado, o dramaturgo não pôde decolar às 11:30, conforme horário do voo.
A alternativa de esperar pela próxima viagem ainda no mesmo dia, às 17h:30min, não o agradou. Segundo o próprio Izaias: “Não tenho mais idade para esperar tanto tempo no aeroporto”.
Em conversa por telefone com Flávia Brigagão, da ONG Ribeirão em Cena, ele propôs uma palestra aberta ao público em geral sobre o Teatro de Arena, do qual participou junto aos consagrados Augusto Boal, Oduvaldo Vianna Filho e Gianfrancesco Guarnieri .
A palestra está marcada para o dia 9 deste mês, quinta-feira, no Teatro Ribcena às 20h:30min.
“Pai” foi apresentada no Festival de Teatro de Curitiba de 2011. Na história, mãe e filha vivem as agonias de terem perdido um ente querido, tido como desaparecido político. A trama se desenrola a partir de um telefonema, que revela o descobrimento dos restos mortais de um homem em um cemitério clandestino. E, junto à ossada e uma aliança de casamento, o passado de um comunista se desenterra em meio ao desconforto familiar.
De Curitiba, a peça chega com boa bagagem crítica, tendo, inclusive, ganhado destaque em uma Tv local, com fragmentos da apresentação e uma entrevista com o autor.




O imprevisto ocorrido com Izaias fez com que a estreia da peça em Ribeirão Preto não conte com seu autor, mas, em compensação, além de assistir ao espetáculo na semana seguinte (sexta-feira,10/6), o escritor do livro “Teatro de Arena uma estética de resistência” falará sobre sua vida e experiência no grupo de teatro que, por décadas, enfrentou a ditadura e o regime militar no Brasil.

Lembramos que o Ribeirão em Cena fica na rua Lafaiete, 1084 e nossos eventos são gratuitos!

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Ribeirão em Cena na Feira do Livro

Bolsistas do Ribeirão em Cena se concentram na Feira do Livro
Era para ser um manifesto, mas, não quis o destino das forças políticas que a cara de nossa ONG aparecesse na grande mídia e ao lado de uma figura tão imponente, como seria a de um ministro da Cultura.
Mesmo, "sem ter para quem" protestar, o Ribeirão em Cena mostrou que entende bem de cultura e arte, quando, no meio do calçadão da Rua Álvares Cabral, na esplanada do Teatro Pedro II, começou a fazer, ali mesmo, jogos de teatro em roda, sob o comando do Professor Guilherme A.B.C. Ishie.
As músicas "Cavalo Lunar" e, principalmente com a dança do "Tiquerê", literalmente, chamaram à roda outros jovens interessados em ingressar no meio da agitação.
Entre as seis e sete horas da noite, o tamanho da ciranda feita por pessoas de diversas "tribos" era, no mínimo, empolgante: bonés de abas retas; mãos dadas com gente de cabelo colorido; calças coloridas; celulares que filmavam a roda de dentro; o estilo único e indefinido de cada um dos bolsistas do Ribeirão em cena; e uma enorme pilha de mochilas e bolsas ao meio das pessoas.
Todas aquelas figuras compunham um mosaico da juventude ribierãopretana.

Prof. "ABC", no centro, comanda a coreografia da roda. À esq. pilha de bolsas.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Devolva Nosso Prêmio Areté!

Fora!

Manifestação ou Conversa?

A Ong Ribeirão em Cena, que organizava um movimento em defesa do recebimento do prêmio Areté – concedido e revogado pelo Ministério da Cultura (MinC) – recebeu um convite da prefeita Darcy Vera para que uma reunião com representantes dos dois lados, governo e Ong, fosse feita a fim de se discutirem os interesses, sem, então, necessidade de ato público.
Representantes do Ribeirão em Cena, bolsistas do curso de iniciação em Artes Cênicas e voluntários planejavam se manifestar no calçadão da rua Álvares Cabral às 18 horas do dia 26 de maio (quinta-feira), em frente ao teatro Pedro II.
Agora, com a possibilidade de uma conversa mais amistosa, com as presenças da Ministra da Cultura Ana de Hollanda e do diretor da Ong, Gilson Filho, a reivindicação pelo prêmio anunciado em maio do ano passado – os R$ 25 mil referentes ao prêmio Areté – fica mais próxima, apesar de não tão expressiva, como seria, caso houvesse manifestação.
Nesta terça-feira, 24, os alunos primeiroanistas foram informados e questionados sobre a possibilidade da negociação de um encontro com a ministra em troca do manifesto público, planejado para coincidir com a abertura da 11ª Feira do Livro. Quase todos os 150 atores da própria instituição, além de amigos e simpatizantes já confirmavam presença via redes sociais na internet
O motivo da revolta do grupo Ribeirão em Cena consiste na revogação da portaria anunciada no Diário Oficial da União (DOU de 12/05/2011), que retirou a verba destinada ao projeto “Semana Ribeirão em Cena de Teatro”, devidamente inscrito e aprovado nos padrões do edital publicado no próprio DOU de 11/03/2010, para o Programa Nacional de Cultura, Educação e Cidadania – CULTURA VIVA, Prêmio Areté – Apoio a Eventos Culturais em Rede.
Apesar de aprovado, o valor de R$ 25 mil nunca foi recebido pelo Ribeirão em Cena, e nem por outras 104 ONGs brasileiras que participaram do mesmo projeto, mas que, também tinham sido aprovadas segundo mesmo edital.
O Diário Oficial da União chegou a publicar uma nova nota, no dia 27 de dezembro de 2010 para modificar a condição de habilitados para inabilitados, segundo DOU, o que obrigou Silvia Regina, tesoureira da ONG, a apresentar recurso contra a manobra do MinC.
A atitude culminou em uma ação judicial coletiva, envolvendo diversos prejudicados de outros lugares do país.
Além da revolta com a confusão feita para a entrega da premiação anunciada, os manifestantes se aliam ao movimento nacional “Fora Ana de Hollanda”, que tem adeptos por toda parte do país e em diversos segmentos artísticos.
Os que pedem a saída dela do ministério desaprovam as práticas da ministra.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

"Mulheres, Homens e Crianças Vermelhas. Uma Celebração da Vida"

De Vanderlei Freiria


Meus mestres Gilson e Júlio e meus caros amigos do Ribeirão em Cena,



O que eu poderia dizer-lhes, sem o risco da obviedade, sobre o espetáculo - de vida - que vocês me proporcionaram no último sábado à noite? Falar-lhes de meu reencontro com Chico Buarque, João Bosco/ Aldir Blanc e Bertold Brecht? Falar-lhes de meu encantamento ao comungar com o Júlio e com Dom Hélder em Invocação à Mariama? Quiçá gritar-lhes minha emoção incontida ao vivenciar, por intermédio do trabalho/oferta dos queridos amigos atores, as dores de Herzog, Zuzu, Sonia Maria e Stuart Angel, Cidinha e Áurea Moretti? Dizer-lhes como foi terrível reviver meu desprezo para com Filinto Müller, Hitler, Getúlio Vargas, Garrastazu e tantas outras “criaturas” - muitas das quais, aliás, tiveram suas selvagerias anistiadas pelo Congresso Nacional brasileiro e pelo STF? Não. De tudo isto, de todos estes arrebatamentos vocês, amigos, já se ocuparam por intermédio da arte teatral e do sonho – aquele se que torna realidade a cada noite de apresentação, de vivência (digo vivência porque o trabalho por vocês desenvolvido ultrapassa as fronteiras do espetáculo – trata-se de uma celebração da vida a partir de tantas dores, de tantas ausências). Dionísio, nosso deus por vocação, por certo esteve em êxtase ao vislumbrar que a partir de Antígone (sim, a primeira mulher vermelha) desenvolver-se-ia, por um grupo de teatro da pólis ribeiraopretana, uma ode a todos os seres humanos vermelhos (homens e mulheres) cultores do sonho e da liberdade.
Não posso furtar-me, logo de início, a uma consideração bastante óbvia concernente à temática do espetáculo: quantos homens/crianças/mulheres vermelhas ainda hão de perecer a fim de que nós vivenciemos plenamente a fraternidade, a liberdade, a igualdade? Os paralelos traçados pelo espetáculo (que vão desde a Grécia de Antígone, do século V a.C, aos dias de hoje – relembre-se a bandeira do MST encerrando o espetáculo) trazem-nos tal questionamento de forma pungente. Os gritos e as dores de todas aquelas mulheres vermelhas, por certo, não foram em vão: continuam ecoando em nós e fazendo-nos recordar de suas conquistas. Ocorre que, de alguma forma, vivenciamos, ainda, tempos de guerra, tempos cruéis e precisamos estar atentos para que tão-somente as promessas de vida possam florescer... O trabalho do Ribeirão em Cena, magistralmente capitaneado pelo querido Gilson Filho, traz às nossas memórias a luta de tantas mulheres que, circunstanciadas em diversos contextos de repressão e de morte, disseram sim à vida, à liberdade... E, para tanto, pagaram preço valoroso. Fico pensando que a riqueza do trabalho, sob todos os ângulos mirados, reside justamente na crença do Gilson (revelada a nós, espectadores, por intermédio dos atores) nesta mesma possibilidade de vida. E de sonho. Tal crença, frise-se, foi inteiramente vivenciada pelo elenco todo, pela equipe técnica e pelos músicos (que grata surpresa a música ao vivo... músicos excelentes, sintonia radiante com os atores) ... enfim, por todos aqueles que ali trabalharam com devoção. Com fé.
Meus amigos, quero agradecer-lhes tamanha oportunidade de encantamento e de encontro; sentimento, aliás, que vem sendo ratificado a cada nova criação da ONG Ribeirão em Cena. Eu não mais farei referências à nossa cara pólis de maneira desairosa no que concerne ao âmbito cultural: nós temos o Ribeirão em Cena com toda sua proposta absolutamente frutífera de oxigenação da cultura local. Salve! Salve, Dionísio! Salve, Gilson! Salve, Júlio! Salve, Malba, Adriana, Marília e todos o queridos companheiros do Ribeirão em Cena. Salve!
Peço licença a dom Hélder e também valho-me do auxílio de Mariama, Mãe dos homens de todas as raças, de todas as cores, de todos os cantos da Terra. Pede ao teu filho que esta festa não termine aqui, a marcha final vai ser linda de viver. Peço a vocês, queridos amigos, que não parem nunca, é lindo! É lindo de viver! É lindo poder partilhar de um momento como este criado por vocês.
P.S (i) Meus caros, espero que me desculpem por não lhes ter parabenizado/abraçado após o espetáculo... a emoção foi grande. Eu escrevi estas palavras na volta para casa, pleno de Deus e preenchido pela poesia que o labor árduo de vocês fez florescer: meu coração transbordou!

Vanderlei Freiria - Advogado

domingo, 8 de maio de 2011

Agenda de Junho




9
Palestra com Izaias Almada
20:30 - Teatro Ribcena
Izaias Alamada, autor do livro "Teatro de Arena uma estética de resistência", vem a Ribeirão compartilhar as experiências de sua vivência como ator, dramaturgo e estudioso do grupo de teatro que marcou uma nova abordagem artística na época de ditadura no Brasil.


10
Pai
21:00 - Teatro Ribcena
A peça de Izaias Almada foi apresentada no Festival de Teatro de Curitiba de 2011. Na história, mãe e filha vivem as agonias de terem perdido um ente querido, tido como desaparecido político. A trama se desenrola a partir de um telefonema, que revela o descobrimento dos restos mortais de um homem em um cemitério clandestino. E, junto à ossada e uma aliança de casamento, o passado de um comunista se desenterra em meio ao desconforto familiar.

11
Mulheres Vermelhas
21:00 - Teatro Ribcena
Adaptação dramatúrgica e direção de Gilson Filho. Inspirada nos depoimentos das mulheres que sofreram com a censura, com perseguição aos militantes políticos considerados subversivos pelos governos ditadores, Mulheres Vermelhas traz os depoimentos com as dores e o sofrimento de quem teve na pele as marcas da tortura durante os chamados "tempos de chumbo",  pagando, às vezes, com a própria vida em defesa da democracia, da liberdade de expressão, opinião e pensamento político.

19
Os Limpantes
11:00 - Pq Maurílio Biagi
16:00 - Teatro de Arena
Com Direção de Gracyela Gitirana, um grupo de clowns, munidos de objetos de limpeza, sobe ao palco sem se utilizar da fala. A intervenção se embasa em trabalhos de corpo e improviso dos atores, que interagem com o público, apresentando uma perspectiva inusitada do cotidiano.