quinta-feira, 28 de maio de 2009

Bolsistas visitam exposições no MARP

Os bolsistas da ONG Ribeirão Em Cena visitaram nesta última quinta-feira na aula de atividades complementares a Exposição de Nino Cais, Reginaldo Pereira e Sofia Borges, no MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto.

Os artistas fazem parte da premiação de 2008 do 33º SARP - Salão de Arte de Ribeirão Preto Nacional-Contemporâneo.


Confira mais fotos no site: http://picasaweb.google.com.br/ribeiraoemcena/VisitaAoMARP#

Estão expostos também as obras de André Favilla (São Paulo-SP), Jimson Vilela (Rio de Janeiro-RJ), Leandro Pereira (Rio de Janeiro-RJ), Luciano S. Deszo (Guarulhos-SP) e M. Luisa Lobo Editore (São Paulo-SP) - artistas selecionados no Programa Exposições 2009 / Comissão de Seleção Carmen Aranha, Mário Ramiro e Nilton Campos.

MARP - Museu de Arte de Ribeirão Preto Pedro Manuel-Gismondi.
Rua Barão do Amazonas, 323, Ribeirão Preto-SP
Visitação de terça a sexta-feira, das 09:00 às 18:00 horas; sábados, domingos e feriados, das 12:00 às 18:00 horas.
Informações no MARP (16) 3635 2421.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

São Genésio de Roma Mártir

São Genésio de Roma Mártir - Comemoração: 25 de agosto


São Genésio era um comediante em Roma e foi martirizado por Diocleciano entre 286 e 303. Ele é invocado contra a epilepsia e é padroeiro dos atores e dos músicos.
A lenda conta que Genésio era líder de uma trupe de teatro em Roma. Em uma apresentação para o Imperador Diocleciano, expunha ao ridículo os ritos católicos. Ao encenar a recepção do Sacramento do Batismo, se proclamou cristão. Diocleciano a princípio gostou da peça, mas achando Genésio realista demais, ordenou que ele fosse torturado e decapitado.
Ele foi enterrado na Via Tirbutina. Parte de suas relíquias estão em San Giovanni della Pigna, parte em Santa Susanna di Termini e parte na capela de São Lourenço.
A existência de São Genésio é duvidosa, e ele é considerado um complemento romano de São Gelásio de Hierápolis. No entanto, ele era venerado no século IV; uma igreja foi construída em sua honra e foi consertada e melhorada por Gregório III em 741.
E quem disse que não existe oração do Ator, existe sim... ta ai ó.
Ó meu Deus! Ator Onipotente, criador do maior Espetáculo - o Universo - ouve-me nesta prece de amor! Dai-me a perseverança, a paciência, a dignidade e o amor! Fazei com que minha personalidade não se deixe influenciar pelo meu personagem, mas, que eu possa colher dele, toda a vivência, todo vigor, toda força, toda magnitude! Que eu transforme a realidade em uma nova realidade, que eu recrie a obra da arte com toda força inteira e que eu colha do meu trabalho toda justiça, toda fortaleza, toda grandeza e todo amor! Fazei com que as luzes dos refletores se tornem luzes divinas a iluminar todos os atos da minha vida, para que eu faça do palco um altar, sempre na intenção de o respeitar, dignificar, amar e venerar... Que cada representação seja para mim, um Ato de Fé! Que cada trabalho seja um sacrifício de glória e sucesso! Para que eu envelheça, crescendo na representação e representante, crescendo na velhice; sempre trabalhando, sempre trabalhando, trabalhando, emocionando e glorificando. Enfim, para quando eu não mais existir, a minha atuação aqui na Terra não tenha sido em vão, e que, quando cair o pano, no ato final, todos aqueles que convivem comigo, possam aplaudir-me gritando: Bravo, Bravo! E assim, eu possa agradar ao Maior Diretor Universal: DEUS! [São Genésio: Padroeiro dos Atores]

terça-feira, 26 de maio de 2009

FOTOS: "Celebridade, a Festa"

Confira as fotos da "Celebridade, a Festa", que reuniu bolsistas da ONG Ribeirão Em Cena e bailarinas da Rose Ballet School no Espaço Cultural SantelisaVale na última sexta-feira. A festa foi animada ao som da Banda Projeto Correria, do bolsista Guilherme ABC. Confira as fotos no álbum do Rony Morbi (clique na foto abaixo).

FOTOS: "Um Grito Parado no Ar" em Sertãozinho

Confira as fotos da Cia. Nuvem da Noite, da ONG Ribeirão Em Cena, durante a 23ª Mostra de Teatro Américo Rosário de Souza. Clique na foto!



Elenco durante ajustes técnicos no Teatro Municipal de Sertãozinho

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Américo Rosário: "Apesar das dificuldades, nossa alma pede o palco"

Os diretores Gilson Filho e Américo Rosário conversam sobre... teatro, logo após a apresentação de "Um Grito Parado no Ar", em Sertãozinho

O diretor Américo Rosário de Souza, um dos idealizadores da Mostra de Teatro de Sertãozinho, fez um balanço positivo da 23ª edição, encerrada no último dia 23 de maio.

De acordo com a organização, cerca de 8 mil pessoas estiveram nas praças, espaços alternativos e no Teatro Municipal acompanhando as companhias e grupos de São Paulo, Curitiba, Santa Catarina, Argentina e México.

Para Rosário, o público já era esperado e, mesmo conhecendo o potencial dos grupos, as peças superaram as suas expectativas. "Com a nossa experiência de anos a frente da Mostra, a gente já previa esse bom público. A maneira com que as peças foram se amarrando na programação mostrou que os espetáculos agradaram bastante. Tivemos um bom público em todas as peças. Quem gostou, voltou no dia seguinte", afirmou o diretor, que elogiou o espetáculo "Um Grito Parado no Ar", de Gianfrancesco Guarnieri, encenado pela Cia Nuvem da Noite da ONG Ribeirão Em Cena.

"A começar pelo texto. Apesar de ser escrito em 73, ele é bastante atual e presente até hoje. Quem trabalha com teatro sabe o que é esse amor. Apesar das dificuldades, nossa alma pede que estejamos no palco, passando nossa mensagem", disse Américo, que elogiou o elenco e a direção.

"O elenco foi dirigido com uma competência incrível. Foi forte, bastante claro, mostrando que são capazes. Tive ainda o prazer de rever a atriz Neusa Maria, com quem trabalhei durante muitos anos e não só por ela, mas por todos. Quem estava assistindo percebia que havia a verdade no teatro. Os atores encenaram com alma. Estavam no palco e isso emocionou muito o público", contou.
Ao final da Mostra, Américo ficou satisfeito com o trabalho apresentado na Mostra. "Os elogios vieram. Tenho certeza que aqueles que assistiram gostaram muito! Valeu a pena!", disse.

GUIMARÃES ROSA INSPIRA INVESTIGAÇÃO TEATRAL E WORKSHOP NO RIBEIRÃO EM CENA


Há um ano e meio trabalhando com os atores que integram o Núcleo de Investigação Teatral da Cia. Ribeirão em Cena, os diretores José Maurício Cagno e Renato Ferreira apresentam, no próximo final de semana, no Espaço Cênico Débora Duboc, os primeiros resultados dos laboratórios cênicos desenvolvidos a partir de leitura de Grande Sertão: Veredas, de Guimarães Rosa. “Exercício Número 1 Embriões Para Uma Tetralogia”, será apresentado nos dias 28 e 29 de maio (quinta e sexta), às 20h30, e 30 (sábado), às 21h, no Espaço Cênico Débora Duboc. Com este trabalho que busca novos caminhos na linguagem teatral, o NIT resolveu mostrar publicamente aquilo que vem pesquisando. Não se trata de um espetáculo pronto, mas de um processo de criação em pleno andamento.

Cagno e Ferreira também vão coordenar workshop de criação de cenas sobre o mesmo tema e aberto a grupos de teatro, atores e atrizes que comprovem experiência. O workshop será realizado em dois dias: sexta (29) e sábado (30), das 15h às 18h, no Espaço Cênico Débora Duboc. O investimento será de R$50 (preço inclui o ingresso para o ‘Exercício nº1’). Os interessados devem encaminhar uma carta de intenção e um breve currículo teatral até o dia 25 de maio para o Ribeirão em Cena (R: Lafaiete, 1084 - Centro). São 20 vagas e a classificação etária é de 18 anos completos.

Núcleo de Investigação Teatral (NIT) – Ribeirão Em Cena
Nascido há um ano e meio por iniciativa da ONG Ribeirão em Cena e objetivando aprofundar e ampliar os horizontes do trabalho teatral, o NIT (Núcleo de Investigação Teatral) vem se dedicando intensivamente ao longo deste tempo na experimentação e busca de novas linguagens nesta arte.

Após uma seleção com mais de quarenta pretendentes e a escolha de dezesseis jovens atores e atrizes, o NIT iniciou suas atividades em fevereiro de 2008, sob a coordenação de José Maurício Cagno e com os trabalhos corporais sob a supervisão de Renato Ferreira.

As vivências vêm conduzindo o grupo por caminhos novos e que apontam para uma integração do ator/atriz com a (sua) natureza, por meio dos elementos que a compõem – terra, água, fogo, ar e luz – além de incluir nesta integração a questão do “DIVINO” ou do “SAGRADO”, propondo assim uma criação que trabalhe de maneira plena o HUMANO em suas forças corporais, psicológicas e espirituais.

Por ser parte integrante do Projeto Ribeirão em Cena, o NIT traz em sua estrutura também a questão fundamental da função social do teatro, pois se abre para a comunidade dando oportunidade gratuita aos seus integrantes de participar deste projeto de pesquisa, formula um processo interno de trabalho onde a palavra chave é “Participação” e discute artisticamente o ser humano em sua realidade social, política, econômica, ecológica e existencial.

Serviço:
Iº Workshop do NIT
Dias: 29 e 30 de maio (Sexta e sábado)
Horário: das 15h às 18h
Local: Espaço Cênico Débora Duboc (R: Floriano Peixoto, 680)
Investimento: R$50 (com um ingresso para o “Exercício nº1”)

“Exercício nº1, embriões de uma tetralogia”
Dias: 28, 29 e 30 de maio (quinta, sexta e sábado)
Horário: 20h30, na quinta e sexta-feira; 21h, no sábado;
Local: Espaço Cênico Débora Duboc
Investimento: R$20; R$10 (antecipado);

Público lota Municipal de Sertãozinho para ver "Um Grito Parado no Ar"

Mostra faz homenagem a atriz Neusa Maria, de Sertãozinho

Sucesso de público e crítica em Ribeirão Preto e no Fringe - Festival Internacional de Curitiba, o espetáculo "Um Grito Parado no Ar", de Gianfrancesco Guarnieri, lotou o Teatro Municipal de Sertãozinho durante a 23ª Mostra de Teatro Américo Rosário de Souza.

De acordo com a organização, aproximadamente 400 pessoas assistiram ao espetáculo com a Cia. Nuvem da Noite, da ONG Ribeirão Em Cena, e direção de Gilson Filho. Além da Cia. de Ribeirão Preto, a Mostra reuniu grupos renomados de São Paulo e Curitiba, e companhias internacionais do México e da Argentina.

A plateia se emocinou com o espetáculo, que fala sobre as dificuldades de se fazer teatro dentro e fora dos palcos.

A atriz Aidê Quirino, formada nos Cursos de Iniciação ao Teatro, não conteve as lágrimas


Américo Rosário de Souza (esquerda) conversa com o ator Roberto Edson e a atriz Nane Silva

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Strindberg volta à cena no Débora Duboc


A ONG Ribeirão Em Cena apresenta nos dias 23 e 24 de maio (sábado e domingo) o espetáculo "A Mais Forte", de August Strindberg – maior escritor escandinavo e um dos pais do teatro moderno. Escrito por volta de 1.888, o texto é considerado um dos mais importantes monólogos dramáticos do Teatro Moderno.

O espetáculo nasceu na ONG Ribeirão EM CENA, projeto social cultural, que constitui um verdadeiro centro de ação teatral, e é resultado do trabalho de uma talentosa dupla de jovens atrizes recém formadas pela escola.

A proposta do trabalho surgiu da necessidade de desvendar o essencial da construção cênica centrada exclusivamente na ação das intérpretes. A iluminação e os elementos cênicos visam apenas apoiar a ação dramática.
Em seu primeiro momento, o grupo debruçou-se sobre a dramaturgia de A. Strindberg, o monólogo A MAIS FORTE, com a proposta de encontrar procedimentos de abordagem do texto que revelem no próprio processo de análise as possibilidades de elocução.
Em uma segunda etapa, avançamos para um primeiro esboço cênico, já com os textos decorados. A proposta é desvendar um caminho essencial para a representação através da limpeza e da escuta cênica. A trilha sonora, indumentária e o cenário foram construídos durante o processo de dramaturgia do corpo e da palavra.

Nesta versão os personagens encontram-se confinados em um pequeno quarto. Uma delas não tem controle dos movimentos das pernas e a outra é uma espécie de enfermeira. As duas estão ligadas por suas memórias e uma conversa aparentemente trivial desperta uma complexa relação de sentimentos. A maior parte do texto original é mantida.

A MAIS FORTE é efetivamente um horizonte aberto para muitas possibilidades de realização. É essencialmente um trabalho de criação coletivo, que dispensa o excesso narrativo com absoluta valorização da realidade.

O espetáculo retorna ao Espaço Cênico Débora Duboc depois de duas apresentações em fevereiro no SantelisaVale. As atrizes Tatiane Mitleton e Desirre Furtado se formaram nas oficinas de iniciação teatral do programa Ribeirão Em Cena em 2008.

O Projeto Ribeirão Em Cena conta com o apoio cultural da Cia. Energética SantelisaVale, Bebidas Ipiranga, Olidef CZ e Doces Santa Helena através do PAC – Plano de Ação Cultural da Secretaria Estadual da Cultura – e Secretaria da Cultura e Educação de Ribeirão Preto.

O autor
August Strindberg (1849 - 1912) pintor, escritor e um dos mais importantes dramaturgos suecos. Além disso, é considerado um dos pais do teatro moderno.
As suas primeiras peças teatrais denotam influências de Ibsen e Kierkegaard. Com as suas obras em prosa e os seus dramas foi o precursor do naturalismo na Suécia e, ao mesmo tempo, o grande destaque do expressionismo e do surrealismo.

O texto teatral A MAIS FORTE (1888), de August Strindberg, conta uma história onde paixão, amor, ódio e medo se confundem formando um enredo repleto de significados.
Após ter passado um longo período na França, na Suíça, na Alemanha e na Dinamarca Strindberg regressou a Estocolmo, onde fundou em 1907 o Teatro Íntimo.

Ribeirão Em Cena apresenta "Um Grito Parado No Ar" na Mostra Internacional de Teatro de Sertãozinho




Depois de participar do principal festival de teatro da América Latina no último mês de março – Fringe, em Curitiba –, o Núcleo Nuvem da Noite da Cia. Ribeirão Em Cena, leva a peça “Um Grito Parado no Ar”, de Gianfrancesco Guarnieri, para a 23ª Mostra Nacional de Teatro de Sertãozinho.

O espetáculo, com direção de Gilson Filho, estará em cartaz no dia 21/05 (quinta-feira), às 20h30, no Teatro Municipal (Profa. Olympia Faria de Aguiar Adami). A peça gira em torno de um grupo de teatro em processo de trabalho e que enfrentam dificuldades dentro e fora dos palcos. Nesta situação, o espectador assiste a montagem de um espetáculo e como funciona o processo de criação do ator quando a mística do teatro é desnudada.

Para aumentar a tensão, credores intervêm a todo o momento retirando equipamentos e serviços prestados a companhia. Quando despojados de tudo, resta ao grupo de artistas somente um uníssono grito final, símbolo da luta, mas também da sobrevivência frente à opressão reinante.

Em cartaz desde 2007, a montagem com a Cia. Ribeirão Em Cena e direção de Gilson Filho é sucesso de público e crítica. O elenco, formado por Camila Deleigo, Joubert de Oliveira, Matheus Guerardi, Nane Silva, Neusa Maria de Souza e Roberto Edson.

Mantendo uma tradição que vai resistindo ao longo dos anos, durante o mês maio a cidade de Sertãozinho realiza a 23ª Mostra Nacional de Teatro, denominada “Américo Rosário de Souza”. O evento vai dos dias 13 e 23 de abril, com apresentações no Teatro Municipal Professora Olympia Faria de Aguiar Adami, Clube Mogiana, Salão Mané Gaiola e também na Praça 21 de abril e no distrito de Cruz de Posses.

A Mostra é patrocinada pela Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Educação e Cultura e direção do Teatro Municipal e realizada por uma Comissão Organizadora especialmente designada para este fim, permitindo que espetáculos de alto nível técnico possam ser oferecidos à população por preços populares: apenas cinco reais para estudantes e compras antecipadas. A venda de ingressos na bilheteria do Teatro Municipal, na Praça Maurílio Biagi s/nº, no centro de Sertãozinho, com informações pelo telefone (16) 3942.4115.

Serviço:“Um Grito Parado no Ar”, de Gianfrancesco Guarnieri
Local: Teatro Municipal - Sertãozinho
Dia: 21/05, às 20h30
Indicação etária: 14 anos
Ingressos: R$ 5 (estudantes e antecipados); R$ 10 (inteira)
Informações: (16) 3610-7770

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Lançamento: "O outro estranho"

Lançamento do livro "O outro estranho", de Lucas Arantes.
Sexta-feira, dia 15/05, às 20h, no Templo da Cidadania.

O livro custará R$25,00. 200 páginas.


A leitura inaugural
O outro estranho é uma narrativa de muitas narrativas − esse acontecimento se traduz logo na enumeração de capítulos sugestivos em que nos deparamos com possibilidades de uma história híbrida de gêneros diversos − validados ao longo da obra. A abertura e o fechamento − em linguagem teatral − dimensionam tempo e espaço pouco convencionais para apresentar o tema que seguirá caminhos tortuosos – ações obsessivas − e, perigosamente, nos confrontamos com imagens em descrições atormentadas para traduzir um estado do personagem que nos comove em sua tentativa de se estranhar para se entender. Contar essa história é a grande manha do escritor − a organização temporal é feita de adiamentos e antecipações, de pausas e silêncios e nos alimentamos da incompreensão de tudo, somos pares do personagem, assim, como ele, não sabemos. Então, fará sentido continuar e continuar… para nos perdermos?
A linguagem é, por vezes, agressiva, escatológica e, assim, apresenta-se, ao que parece, intencionalmente, ao denunciar a ilusão do espetáculo de nosso tempo em que nominar é necessário diante da fragilidade do permitido − acredita-se ser possível reproduzir com as palavras a concretude de sentimentos e ações; enganados, respiramos e nos sentimos menos manipulados, será?

Ao subverter as regras de uma narrativa convencional, o autor cumpre outras, conhecidas, mas que só confirma que somos reféns de uma boa história e inauguramos sempre uma nova leitura ao mapear esse corpo desenhado − uma cena pensada por um escritor que deixa, agora, sua obra à deriva, para a experiência única de cada leitor.
Mais informações pelo site: www.lucasarantes.wordpress.com

"Rir é o melhor genérico"


COMEDIANTE FAZ SHOW NO ESPAÇO CULTURAL SANTELISAVALE

O comediante Roberto Edson, famoso por interpretar o bêbado Saideira e o caipira “Chico Lorota”, faz duas apresentações do seu novo show, “Rir é o melhor genérico”, nos dias 14 e 15 de maio no Espaço Cultural SantelisaVale.

Com mais de 10 anos de carreira artística, Roberto Edson levou o riso a inúmeras cidades de todo o Brasil, seja em teatros, convenções ou mesmo em palestras de grandes empresas. Famoso pelo jargão “Acunticido!”, do caipira Chico Lorota, Roberto também é convidado a participar de campanhas publicitárias.

Por si só, Roberto Edson é um espetáculo à parte. Quando ele "encarna" personagens criados por ele mesmo, é que o riso fica incontrolável. A partir de figuras facilmente encontradas pelas ruas, ele enriquece os personagens com características que dão um toque a mais de humor.

O show tem duração de aproximadamente 80 minutos, dividido em três partes: na primeira, ele conta piadas diversas do nosso cotidiano; quem também dá o ar da graça, na segunda parte do show, é o caipira Chico Lorota que relembra dos famosos causos ‘acunticidos’; por fim, entra em cena o personagem ‘Saideira’. Um sujeito que se esforça para não ficar sóbrio, provoca gargalhadas no público com suas histórias etílicas.

Este ano, Roberto Edson participou do elenco de "Um Grito Parado no Ar", de Gianfrancesco Guarnieri e direção de Gilson Filho, que participou do Festival Internacional de Curitiba.

Serviço:
“Rir é o melhor genérico”, com Roberto Edson
Dias: 14 e 15 de maio (quinta e sexta-feira);
Local: Espaço Cultural SantelisaVale;
Horário: 21h;
Ingressos antecipados: R$15;
R$20 (inteira); R$10 (estudantes, professores, aposentados e classe artística);

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Fotos: Homenagem a Boal


Bolsistas e professores da ONG Ribeirão Em Cena estiveram nesta quinta-feira (07/05) na Esplanada do Theatro Pedro II para homenagear o dramaturgo Augusto Boal, que morreu no último dia 02 - ele tinha leucemia e sofreu uma insuficiência respiratória. Fundador do Teatro do Oprimido, ele também ficou conhecido por sua participação no Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956 a 1970). Além dos exercícios e jogos propostos pelo dramaturgo, a professora Fabiana Fonseca leu a carta "Ao amigo sempre presente", escrita pela também professora Gracyela Gitirana.

Confira mais fotos em nosso site: http://picasaweb.google.com.br/ribeiraoemcena

Homenagem a Boal

AO AMIGO SEMPRE PRESENTE
de Gracyela Gitirana
Ao saber da morte de Augusto Boal, levei um susto. Passei pelo momento do ‘não acredito’, indo para o ‘meu deus, como isso aconteceu?’, até chegar numa tristeza profunda, que fez meu pensamento silenciar. Depois de alguns instantes me perguntei: Boal morreu mesmo?

Daí lembrei do nosso primeiro encontro. Eu estava no aeroporto de Fortaleza-CE, sentada próximo a uma livraria. Não havia muita coisa a fazer a não ser esperar a chamada para o embarque que levaria mais uns 40 minutos. Decidi comprar um livro, afinal, seria uma ótima forma de passar meu tempo.

Entrei na livraria e ali estava: Augusto Boal. Cheio de histórias para contar e ideias para realizar. Desde então, Boal não saiu mais de minha vida. Nossos encontros sempre foram renovadores para mim. Ele é uma dessas figuras que te desafia através do dialogo. Que te provoca com questões pertinentes. Boal politiza.

Mas estar com ele não é só um momento de embate e discussão. Poucas vezes em minha vida ouvi alguém contar histórias como ele. Assim como, conheci poucos homens tão amáveis ao falar sobre os homens.

Para mim, Augusto Boal não morreu, pois suas palavras, ideias, sonhos, luta e principalmente seu teatro continua. Ele foi o primeiro artista a me dizer que para ser artista é preciso acreditar no ser humano e na sua capacidade de transformação através da luta, cujo as armas são o próprio homem e sua sabedoria.

Obrigada Boal, por sua generosidade. Apesar de nunca termos nos vistos pessoalmente, você me ensinou e certamente me ensinará muito.

Gracyela Gitirana é diretora, atriz e professora da ONG Ribeirão Em Cena

segunda-feira, 4 de maio de 2009

MOSTRA PERMANENTE DE DANÇA RECEBE DUAS COMPANHIAS NESTA QUINTA-FEIRA




A Mostra Permanente de Experimentações em Dança Contemporânea, projeto de incentivo a dança realizado pela ONG Ribeirão Em Cena, recebe no Espaço Cultural SantelisaVale, duas companhias tradicionais de Ribeirão Preto: a Equilíbrio Companhia de Dança e a ONG Finac, no dia 07 de maio.

A Equilíbrio Cia. de Dança (foto) apresenta a coreografia “Liberdade ainda que tarde”, de Arilton Assunção e direção de Silvana Conti. Os quatro bailarinos, que estão juntos há um ano, trabalham a busca da liberdade e a simplicidade do encontro, nas razões oferecidas pela vida. O elenco é formado pelos bailarinos Aldenir Espíndola, Ana Carolina Ignácio, Francine Lamas e Mariana Leônidas.

Dirigidos pela bailarina Renata Celidonio, a ONG Finac apresenta o espetáculo “In-saio”. O trabalho tem como ponto de partida a interação entre quatro coreógrafos de caráter experimental, criando possibilidades corpóreas, onde a composição espacial é criada pelos próprios bailarinos. A peça é uma junção de várias cenas, tendo como objetivo mostrar um ensaio como um dos processos coreográficos de exposição e interação. A criação coreográfica é de Bruno Oliveira, Edson Fernandes, Fernando Martins e Fernandes Nascimento.

Inspirado no projeto “Quinta com Dança”, do Centro Dragão do Mar de Fortaleza-CE, a abertura da Mostra atraiu um público de 150 pessoas, que lotaram o Espaço Cultural SantelisaVale para assistir a Cia. DiTirambo, de Araraquara.

Na primeira quinta-feira de cada mês, o palco recebe companhias ou solos em coreografias com duração máxima de 30 minutos. Todas as apresentações serão seguidas por debates entre elenco e público. Para a realização da Mostra, foi criado um conselho gestor de qualidade, formado por profissionais com notória competência na área. Esse conselho é responsável pela seleção dos grupos interessados em participar.

Para se inscrever, os grupos devem enviar um vídeo com a coreografia a ser apresentada, currículo dos bailarinos e coreógrafo, além do histórico do espetáculo e das pesquisas desenvolvidas. Após a seleção, será criada uma agenda com data e horário das apresentações. O edital para inscrições está disponível no site da ONG Ribeirão Em Cena: http://www.ribeiraoemcena.org.br/mostradanca.htm


Serviço:
Mostra de Experimentações em Dança Contemporânea
Equilíbrio Cia de Dança e ONG Finac
Data: 07/05 (quinta-feira), às 21h
Ingressos: R$10 e R$5
Local: Espaço Cultural SantelisaVale
Classificação: livre

CARTA DO MST AO CAMARADA BOAL

Companheiro Boal,

A ti sempre estimaremos por nos ter ensinado que só aprende quem ensina. Tua luta, tua consciência política, tua solidariedade com a classe trabalhadora é mais que exemplo para nós, companheiro, é uma obra didática, como tantas que escreveu. Aprendemos contigo que os bons combatentes se forjam na luta.

Quando ingressou no coletivo do Teatro de Arena, soube dar expressão combativa ao anseio daqueles que queriam dar a ver o Brasil popular, o povo brasileiro. Sem temor, nacionalizou obras universais, formou dramaturgos e atores, e escreveu algumas das peças mais críticas de nosso teatro, como Revolução na América do Sul (1961). Colaborou com a criação e expansão pelo Brasil dos Centros Populares de Cultura (CPC), e as ações do Movimento de Cultura Popular (MCP), em Pernambuco.

Mostrou para a classe trabalhadora que o teatro pode ser uma arma revolucionária a serviço da emancipação humana.

Aprendeu, no contato direto com os combatentes das Ligas Camponesas, que só o teatro não faz revolução. Quantas vezes contou nos teus livros e em nossos encontros de teu aprendizado com Virgílio, o líder camponês que te fez observar que na luta de classes todos tem que correr o mesmo risco.

Generoso, expôs sempre por meio dos relatos de suas histórias, seu método de aprendizado: aprender com os obstáculos, criar na dificuldade, sem jamais parar a luta.

Na ditadura, foi preso, torturado e exilado. No contra-ataque, desenvolveu o Teatro do Oprimido, com diversas táticas de combate e educação por meio do teatro, que hoje fazemos uso em nossas escolas do campo, em nossos acampamentos e assentamentos, e no trabalho de formação política que desenvolvemos com as comunidades de periferia urbana.

Poucas pessoas no Brasil atravessaram décadas a fio sem mudar de posição política, sem abrandar o discurso, sem fazer concessões, sem jogar na lata de lixo da história a experiência revolucionária que se forjou no teatro brasileiro até seu esmagamento pela burguesia nacional e os militares, com o golpe militar de 1964.

Aprendemos contigo que podemos nos divertir e aprender ao mesmo tempo, que podemos fazer política enquanto fazemos teatro, e fazer teatro enquanto fazemos política.

Poucos artistas souberam evitar o poder sedutor dos monopólios da mídia, mesmo quando passaram por dificuldades financeiras. Você, companheiro, não se vergou, não se vendeu, não se calou.

Aprendemos contigo que um revolucionário deve lutar contra todas, absolutamente todas as formas de opressão. Contemporâneo de Che Guevara, soube como ninguém multiplicar o legado de que é preciso se indignar contra todo tipo de injustiça.

Poucos atacaram com tanta radicalidade as criminosas leis de incentivo fiscal para o financiamento da cultura brasileira. Você, companheiro, não se deixou seduzir pelos privilégios dos artistas renomados. Nos ensinou a mirar nos alvos certeiros.

Incansável, meio século depois de teus primeiros combates, propôs ao MST a formação de multiplicadores teatrais em nosso meio. Em 2001 criamos contigo, e com os demais companheiros e companheiras do Centro do Teatro do Oprimido, a Brigada Nacional de Teatro do MST Patativa do Assaré. Você que na década de 1960 aprendeu com Virgílio que não basta o teatro dizer ao povo o que fazer, soube transferir os meios de produção da linguagem teatral para que nós, camponeses, façamos nosso próprio teatro, e por meio dele discutir nossos problemas e formular estratégias coletivas para a transformação social.

Nós, trabalhadoras e trabalhadores rurais sem terra de todo o Brasil, como parte dos seres humanos oprimidos pelo sistema que você e nós tanto combatemos, lhes rendemos homenagem, e reforçamos o compromisso de seguir combatendo em todas as trincheiras. No que depender de nós, tua vida e tua luta não será esquecida e transformada em mercadoria.

O teatro mundial perde um mestre, o Brasil perde um lutador, e o MST um companheiro. Nos solidarizamos com a família nesse momento difícil, e com todos e todas praticantes de Teatro do Oprimido no mundo.

Dos companheiros e companheiras do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
02 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

Morre dramaturgo Augusto Boal, aos 78 anos, no Rio

Foto: Zé Paulo Cardeal/TV Globo

O diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta Augusto Boal morreu na madrugada deste sábado no Hospital Samaritano, do Rio de Janeiro. Ele tinha 78 anos. Boal sofreu uma insuficiência respiratória às 2h40 de hoje.

Segundo a assessoria do hospital, ele estava internado desde o dia 28 de abril. O corpo foi removido da instituição às 16h deste sábado. Boal nasceu no dia 16 de março de 1931, no Rio de Janeiro. Fundador do Teatro do Oprimido, ele também ficou conhecido por sua participação no Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956 a 1970).

Fonte: Folha Online

Augusto Boal
Augusto Pinto Boal (Rio de Janeiro, 16 de março de 1931 - Rio de Janeiro, 2 de Maio de 2009) foi diretor de teatro, dramaturgo e ensaísta brasileiro, uma das grandes figuras do teatro contemporâneo internacional. Fundador do Teatro do Oprimido, que alia o teatro à ação social, suas técnicas e práticas difundiram-se pelo mundo, notadamente nas três últimas décadas do século XX, sendo largamente empregadas não só por aqueles que entendem o teatro como instrumento de emancipação política mas também nas áreas de educação, saúde mental e no sistema prisional.

Nas palavras de Boal:
"O Teatro do Oprimido é o teatro no sentido mais arcaico do termo. Todos os seres humanos são atores - porque atuam - e espectadores - porque observam. Somos todos "espect-atores" . [2]
O dramaturgo é conhecido não só por sua participação no Teatro de Arena da cidade de São Paulo (1956 a 1970), mas sobretudo por suas teses do Teatro do oprimido, inspiradas nas propostas do educador Paulo Freire.

Tem uma obra escrita expressiva, traduzida em mais de vinte línguas, e suas concepções são estudados nas principais escolas de teatro do mundo. O livro Teatro do oprimido e outras poéticas políticas trata de um sistema de exercícios ("monólogos corporais"), jogos (diálogos corporais) e técnicas de teatro-imagem, que, segundo o autor, podem ser utilizadas não só por atores mas por todas as pessoas.

O Teatro do oprimido tem centros de difusão nos Estados Unidos, na França e no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, Santo André e Londrina.

Fonte: Wikipedia