sexta-feira, 31 de maio de 2013

Segunda etapa do seminário Ribeirão Em Cena conta Oficina também vai falar do “Dzi Croquettes”


No dia sete de junho, sexta-feira, acontece a segunda etapa do seminário “Ribeirão Em Cena conta Oficina”, que trata da trajetória do Teatro Oficina, grupo teatral criado por Zé Celso e Renato Borghi marcado pela ousadia, inovação na história do teatro brasileiro.

A primeira etapa, realizada na quinta-feira, dia 23, os bolsistas realizaram uma apresentação verbal sobre a história do teatro e os principais fatos que fizeram o Oficina ser um dos principais grupos teatrais que o Brasil já teve.

Nesta segunda, os bolsistas irão mostrar cenas extraídas do principais espetáculos apresentados pelo Oficina, incluindo “As Bacantes”, escrito por Zé Celso.
 

Ainda na segunda etapa, a Cia. Nuvem da Noite, núcleo profissional do Ribeirão Em Cena, irá abordar a história do Dzi Croquettes, grupo formado por treze bailarinos, dirigidos pelo coreógrafo nova-iorquino Lennie Dale que escandalizou o público e a censura no período de ditadura militar por usar da irreverência e originalidade. Além de falar sobre a história o grupo vai reviver no palco coreografias criadas por Lannie Dale, com direção da bailarina Sheyanne Parreira.

Este é o segundo seminário realizado pelos bolsistas da escola de teatro, que já apresentaram o “Ribeirão Em Cena conta Arena”, sobre o Teatro de Arena, grupo teatral que revelou nomes como Augusto Boal e Gianfrancesco Guarnieri.

Serviço:

Ribeirão Em Cena conta Oficina

Data: 7/6/2013

Horário: 20h

Local: Teatro Ribcena – Rua Lafaiete 1084

Entrada Livre

sexta-feira, 17 de maio de 2013

RIBEIRÃO EM CENA VAI FALAR DE ZÉ CELSO, OFICINA E DZI CROQUETTES

Depois do sucesso alcançado com a realização de seminário que reviveu a história do Teatro de Arena São Paulo, os bolsistas do Instituto Ribeirão Em Cena – Escola de Teatro têm um novo desafio: recontar toda a trajetória do Teatro Oficina, movimento criado pelo extraordinário José Celso Martinez Correa.

O Teatro Oficina foi local de grande parte da experiência cênica internacional, que reuniu de Brecht, Sartre ao Living Theatre e pia batismal do Tropicalismo, versão do movimento antropofágico de Oswald de Andrade.
Na década de 1960, o Oficina foi ainda um importante centro de vanguarda e de resistência aos anos autoritários do país. Dedicado à tradução metafórica dos anos de ditadura, a partir de 1967, com a peça O rei da vela, o Teatro Oficina desenvolveu-se com o "espetáculo-manifesto", tendo sido interditado pela Justiça Federal. Foi tombado pelo patrimônio histórico e o edifício foi reformado com projeto dos arquitetos Lina Bo Bardi e Edson Elito. Atualmente, o Teatro Oficina é administrado em comodato pelo Grupo Uzyna Uzona. O teatro guarda ainda toda a memória de sua trajetória contestadora e vanguardista.
Além do Oficina, o seminário vai abordar também a história mágica do ‘Dzi Croquettes’, grupo de 13 bailarinos brasileiros, que tendo a frente o coreógrafo norte-americano Leny Dale, revolucionou os palcos do Brasil e da Europa na década de 70. O conjunto contestava a ditadura por meio do deboche e da ironia e defendia a quebra de tabus sociais e sexuais.

O ‘Seminário Ribeirão Em Cena Conta Oficina’, acontecerá em duas etapas. Na primeira, dia 23 de maio, apresentação oral de pesquisas, exibição de documentários e debates. No dia 7 de junho os bolsistas encenam trechos de peças que integraram o repertório do Oficina e exibem coreografias criadas por Leny Dale, executadas pelo elenco do núcleo ‘Nuvem da Noite’ com direção dos bailarinos Sheyanne Parreira e Murilo Heindrich.
A entrada é livre e ambas as etapas do seminário começam às 19hs no Teatro Ribcena, Rua Lafayette, 1084. Informações (16) 3610-7770.
Fotos: Alexandre Caldas

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Instituto Vladmir Herzog autoriza Ribeirão Em Cena a montar o espetáculo “Patética”



Ivo Herzog, filho do jornalista Vladimir Herzog e diretor do Instituto Vladimir Herzog autorizou o Instituto Ribeirão Em Cena a encenar “A Patética”, texto escrito em 1976, por João Ribeiro Chaves Netto, cunhado de Vladimir Herzog.

Ivo Herzog e o jornalista Audálio Dantas, autor do livro “As Duas Guerras de Vlado Herzog” e presidente do Sindicato dos Jornalistas na época do assassinato de Vladimir Herzog ministraram a palestra “Herzog: jornalismo e direitos humanos no Brasil”, na noite da última terça-feira (14), no Cineclube Cauim.

O Ribeirão Em Cena participou do evento exibindo um trecho de ‘Mulheres Vermelhas’, espetáculo que permaneceu em cartaz por 25 meses e que retrata a tortura sofrida por mulheres na ditadura Vargas e durante o golpe de 1964. O trecho encenado, escrito por Frei Betto, relata de forma hipotética o que teria sido o último diálogo entre Vladmir Herzog e o delegado Sergio Paranhos Fleury. Vladimir Herzog então diretor de jornalismo da TV Cultura, foi assassinado em 25 de outubro de 1975 nas dependências do DOI-CODI, em São Paulo, após ser torturado por Fleury.
Ivo Herzog e Gilson Filho

“A Patética”, ou “Patética” conta a história do assassinato de Vladmir Herzog e do “suicídio” forjado pelos militares. Dividida em dez cenas, a peça se passa em um picadeiro, onde um grupo circense está contando a história da família Horowitz, judeus iugoslavos que tentam uma vida nova no Brasil e acompanham o filho, Glauco Horowitz (Vladimir Herzog) ingressar no jornalismo e na militância política. O grupo circense também encena para o público a prisão a tortura, a morte e o suicídio forjado de Glauco. Enquanto a peça é encenada, a repressão tenta fechar o circo.

A peça foi classificada em primeiro lugar, no VIII Concurso Nacional de Dramaturgia, realizado pelo SNT (Serviço Nacional de Teatro), em 1977 e o texto foi confiscado pelos órgãos de segurança.
Texto: Daniela Teixeira - Comunicação Instituto Ribeirão Em Cena

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Ribeirão Em Cena conta Arena – bolsistas encerram seminário com apresentação de cenas de grandes espetáculos‏

Depois um mês de pesquisas e ensaios os bolsistas do Ribeirão Em Cena encerraram na últoma quinta-feira as apresentações do seminário Ribeirão Em Cena conta Arena, que contou a história do Teatro de Arena, um dos mais importantes grupos de teatro que o Brasil já teve.

O público presente teve a oportunidade de assistir cenas de espetáculos que fizeram a história do Teatro de Arena e consagraram atores e autores, como Plínio Marcos, Augusto Boal, Dirce Migliaccio, Juca de Oliveira, Myriam Muniz, Joana Fomm, Renato Consorte, Lélia Abramo, Dulce Muniz, Gianfrancesco Guarnieri, José Renato, Eugênio Kusnet, Isaias Almada e Paulo José.

Os alunos do segundo ano do curso de artes cênicas encenaram trechos dos espetáculos “O Tartufo”, de Molière, “Arena conta Zumbi”, de Gianfrancesco Guarnieri e Augusto Boal, “Eles não usam Black Tie” de Gianfrancesco Guarnieri, “Liberdade Liberdade”, de Millôr Fernandes e Flávio Rangel, “O testamento do cangaceiro” de Chico de Assis e “Navalha na carne” de Plínio Marcos.

O professor Rogério Festucci, que assistiu às duas etapas do seminário disse que o evento era de uma riqueza sem igual, tanto para quem é ator, quanto para quem não é ator e elogiou a dedicação dos alunos nas apresentações.

O Ribeirão Em Cena já havia realizado projetos semelhantes como as “Noites Temáticas”, em que os bolsistas estudavam um determinado autor e encenavam trechos das peças. Neste caso, os alunos pesquisaram o grupo teatral Arena, com vários dramaturgos e acabavam estudando a história do teatro, em um projeto inédito. Segundo Gracyela Gitirana, coordenadora pedagógica do curso de teatro, a realização do seminário é um tipo de aprendizado que vai ficar.

Depois das apresentações das cenas, o trio ‘Cum Nobis Mutamba Est’, formado por Alessandro Perê (teclados); Teco Villas Boas (percussão) e Priscila Cubero (voz), interpretou canções compostas por Edu Lobo (Zambi e Estatuinha), João Do Vale (Carcará) e Chico Buarque (Meu caro amigo, escrita para Augusto Boal) especialmente para as produções do Arena e que até hoje são lembradas.

O Teatro de Arena mudou os rumos do teatro brasileiro, suas principais produções ocorreram no período da ditadura militar e todo o contexto político, aliado a efervescência cultural reuniu os maiores talentos e de lá saíram grandes espetáculos, sempre inspirados na realidade do brasileiro. Segundo Gilson Filho, diretor do Ribeirão Em Cena, o Teatro de Arena foi sem sombra de dúvidas o maior e mais criativo teatro brasileiro.

O Ribeirão Em Cena vai continuar a contar a história dos principais teatros do Brasil. O próximo será o Teatro Oficina, fundado no final da década de 50 por José Celso Martinez e Renato Borghi, tornou-se um dos símbolos do movimento Tropicalista com a montagem original de "O Rei da Vela", escrito por Oswald de Andrade em 1937 e encenada em 1967 com a direção de José Celso Martinez.

terça-feira, 7 de maio de 2013

Boal, Guarnieri, Plinio Marcos, Oduvaldo Viana Filho no Teatro Ribeirão Em Cena

Bolsistas da Escola de Teatro realizam segunda etapa do seminário Ribcena conta Arena nesta quinta feira

Com exibição de cenas extraídas de peças escritas por Augusto Boal, Gianfrancesco Guarnieri, Plínio Marcos, Oduvaldo Viana Filho, Roberto Freire, Chico de Assis, Maquiavel e Bertolt Brecht, os bolsistas do Instituto Ribeirão Em Cena – Escola de Teatro realizam na próxima quinta feira, nove de março, a segunda etapa do ‘Seminário Ribcena Conta Arena’.

Na primeira etapa, os bolsistas ‘contaram’, através de exposição de pesquisas, exibição de filmes e promoção de debates a história deste que foi um dos mais instigantes grupos da história do teatro brasileiro.

Nesta segunda jornada o público poderá assistir cenas de peças que fizeram parte do repertório do Teatro de Arena, a exemplo de “Eles Não Usam Black-Tie”, “Navalha Na Carne”, “O Círculo de Giz Caucasiano”, entre outras.
O evento contará ainda com a apresentação de canções criadas especialmente para as produções do Arena e compostas por Guarnieri, Edu Lobo, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque de Hollanda, interpretadas pelo trio ‘Cum Nobis Mutamba Est’, formado por Alessandro Perê (Teclados); Teco Villas Boas (Percussão) e Priscila Cubero (Voz).



Um dos movimentos culturais mais importantes do país durante as décadas de 60 e 70, o Teatro de Arena tornou-se, na história do teatro brasileiro, símbolo da resistência, do surgimento de uma nova dramaturgia e estética essencialmente brasileira. 

O evento é gratuito, aberto ao público, e o elenco formado por: Victor Hugo, Marielle Leite, Gustavo Henrique, Airton Pereira, Caroline Alves, Bruno Henrique, Tamires Justino, Thaisa Amorim, Richard Barros, Ana Lídia, Josana Ester, Thina Xavier, Heloisa Brandala, Camila Picolo, Wellington Garbelini, Thatiane Breda, Cristina Perin, Bruna Giovana, Ana Carolina, Flávia Tostes e Bianca Barros.

Serviço:

Teatro Ribcena – Rua Lafayete, 1084 (150 lugares – Ar Condicionado).
Quinta Feira – 20hs
Ingressos gratuitos
Direção: Renato Ferreira, Julio Avanci, Gracyela Gitirana.
Iluminação: Gabriel Oliveira
Som: Manú Fernandes